terça-feira, 1 de abril de 2008

Crime

1 – Quando ocorreu aquela apreensão de 4 toneladas de maconha, em dezembro, eu achei que alguém iria morrer nos dias subseqüentes. O tráfico é cruel com os incompetentes. E a apreensão só foi feita porque alguém foi incompetente ao permitir que a Polícia tivesse conhecimento da operação e efetuasse a apreensão. Não aconteceu.

2 – Não consigo ver nexo nessa interpretação das autoridades policiais de que a explosão do número de furtos de veículos em janeiro tenha tido como causa a apreensão da maconha. Acho uma relação distante demais pensar numa compensação do prejuízo da perda da maconha pela receita com a venda de carros roubados. Para mim, são tipos de negócios diferentes.

3 – Me parece conclusão óbvia que o grosso do furto de automóveis é ação de quadrilhas que agem por encomenda. E pelo modelo de automóveis visados, não é para desmanche, mas para esquentamento e venda no mercado.

4 – É fenômeno histórico – e não vai mudar nunca – que o crime anda sempre à frente da lei. Aí, sim, concordo que, se a capacidade de investigação não melhorar, jamais esse e outros tipos de delitos vão refluir.

5 – O ideal de acabar com a criminalidade é uma estultice. No máximo, o que é possível é reduzi-la aos limites toleráveis. Afinal, queiramos ou não, ela faz parte das relações humanas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Criminalidade se resolve com ação, polícia na rua, guerra à bandidagem. Conversa não adianta nada. Audiência é discussão de sexo dos anjos. Todo mundo fala, todo mundo tem razão, todo mundo reclama solução e não acontece coisa alguma.