sábado, 29 de março de 2008

Pela via política

Duas horas e tanto de conversa terminaram com uma resolução: o encaminhamento de apelo às autoridades do Estado para que ofereçam melhores recursos à Polícia Civil de Mogi Mirim.
Do ponto de vista prático, muito pouco. Mas, com sinceridade, eu não esperava por resultado melhor. Nenhuma autoridade presente à audiência da noite de quarta-feira, dia 16, detinha poderes para propor e prover soluções.
Desci as escadas da Câmara com uma convicção formada. As reclamadas melhores condições, que em síntese representam a designação de mais profissionais para a Polícia Civil, especialmente investigadores, só virão pela via política.
O poder público funciona assim. Primeiro, por pressão. Então, a pressão é necessária, mas não pode se resumir ao despacho de ofícios a titulares de posições na esfera da administração estadual.
Mas, a pressão precisa ser encampada por alguém com relevância e interesse político. Quem governa costuma pesar os dividendos políticos que suas decisões vão produzir.
Se alguém com os pressupostos ditos acima conseguir convencer as autoridades do Estado de que, para agregar simpatias ou amainar insatisfações, politicamente é útil atender os apelos de Mogi Mirim, isto será feito.
Quem reúne aqueles pressupostos, no momento, é o deputado Barros Munhoz. É um político poderoso no atual quadro administrativo do Estado. Tem interesse e relevância política. E acho que será mesmo a via.
Pode não ser certo resolver questões administrativas por esse caminho. Mas, este é o único caminho viável. É assim que o poder público funciona. O componente político está presente em tudo.
Se fosse diferente, os claros existentes na estrutura local da Polícia Civil, que os chefões da Segurança Pública com certeza não ignoram, já teriam sido supridos. E a tal história. Pode-se não gostar da política, mas ninguém sobrevive sem ela.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pelo seu comentário, Valter, nós estamos na seguinte situação: ou beijamos a mão dos políticos ou não conseguimos nada. Que país é este?