1 – Os meus contemporâneos haverão de lembrar do burrinho da Tefal. Era figura presente em um comercial televisivo de uma frigideira. Tefal era a marca. O produto era apregoado como última modernidade. A frigideira, conforme a peça comercial ia demonstrando, apresentava uma série de virtudes, entre as quais a de não grudar a frita no fundo. Ante tantas evidências, entretanto, o burrinho insistia: “não acredito”. Foi um grande sucesso da publicidade brasileira.
2 – E por que essa recordação? Porque estão tentando nos transformar no burrinho da Tefal ao contrário. Se ele pintasse no cenário político de Mogi Mirim, nestes tempos de grosso sofisma e desbragado cinismo, repetiria à exaustão: “acredito, acredito, acredito”. Isto é, se fiaria docemente nas versões tão cândidas quanto falsas que têm se espalhado ultimamente. Hoje, ante a evidência do resvalo para a mentira, querem nos fazer crer na sinceridade de discursos que não encontram a menor sustentação na sinceridade.
3 – Certamente, haverá muitos burrinhos da Tefal no círculo próximo do trombeteador. Possivelmente, muitas velhinhas de Taubaté. A bondosa anciã, como se lembram os da época, mesmo com evidências absolutamente contrárias, acreditava em tudo que os militares diziam. Acreditava com uma boa fé e uma ingenuidade de criança de parque infantil. Mesmo em extinção, esses personagens ainda sobrevivem. Não só para crer nas patacoadas embutidas em proclamações de autenticidade semelhante à de uma nota 13 reais, mas também para aplaudir. Para fazer a corte. Para estender os tapetes. Naturalmente que não de graça.
4 – Eu não consigo compreender como certas pessoas, de boa reputação e respeitabilidade, não se constrangem diante de situações desconfortáveis. Como, por exemplo, servir de moldura para ato partidário dentro do Gabinete do Prefeito, em flagrante agressão às normas legais. Como, por exemplo, sem enrubescer a face, ouvir juras de bom-mocismo da boca de quem passou a vida vilipendiando oponentes ou a qualquer um que tenha se metido à aventura de atravessar-lhe o caminho. Como não se constranger com conversões marcantemente de ocasião. Não consigo compreender.
5 – Compreendo, entretanto, a que estágio se quer levar a cidade. Ao estágio da ignorância consentida, da simploriedade que leva a crer em tudo quanto parta do Olimpo. Parece haver um esforço no sentido de emburrecer a cidade. Não há dúvida, por outro lado, estar ocorrendo um desmedido deboche para com os mogimirianos, tratados como incapazes de discernir entre e verdade e a mentira, a sinceridade e o cinismo, o legítimo e o falso. Querem nos fazer burrinhos da Tefal ou velhinha de Taubabé ao contrário. Vão todos silenciar?
2 – E por que essa recordação? Porque estão tentando nos transformar no burrinho da Tefal ao contrário. Se ele pintasse no cenário político de Mogi Mirim, nestes tempos de grosso sofisma e desbragado cinismo, repetiria à exaustão: “acredito, acredito, acredito”. Isto é, se fiaria docemente nas versões tão cândidas quanto falsas que têm se espalhado ultimamente. Hoje, ante a evidência do resvalo para a mentira, querem nos fazer crer na sinceridade de discursos que não encontram a menor sustentação na sinceridade.
3 – Certamente, haverá muitos burrinhos da Tefal no círculo próximo do trombeteador. Possivelmente, muitas velhinhas de Taubaté. A bondosa anciã, como se lembram os da época, mesmo com evidências absolutamente contrárias, acreditava em tudo que os militares diziam. Acreditava com uma boa fé e uma ingenuidade de criança de parque infantil. Mesmo em extinção, esses personagens ainda sobrevivem. Não só para crer nas patacoadas embutidas em proclamações de autenticidade semelhante à de uma nota 13 reais, mas também para aplaudir. Para fazer a corte. Para estender os tapetes. Naturalmente que não de graça.
4 – Eu não consigo compreender como certas pessoas, de boa reputação e respeitabilidade, não se constrangem diante de situações desconfortáveis. Como, por exemplo, servir de moldura para ato partidário dentro do Gabinete do Prefeito, em flagrante agressão às normas legais. Como, por exemplo, sem enrubescer a face, ouvir juras de bom-mocismo da boca de quem passou a vida vilipendiando oponentes ou a qualquer um que tenha se metido à aventura de atravessar-lhe o caminho. Como não se constranger com conversões marcantemente de ocasião. Não consigo compreender.
5 – Compreendo, entretanto, a que estágio se quer levar a cidade. Ao estágio da ignorância consentida, da simploriedade que leva a crer em tudo quanto parta do Olimpo. Parece haver um esforço no sentido de emburrecer a cidade. Não há dúvida, por outro lado, estar ocorrendo um desmedido deboche para com os mogimirianos, tratados como incapazes de discernir entre e verdade e a mentira, a sinceridade e o cinismo, o legítimo e o falso. Querem nos fazer burrinhos da Tefal ou velhinha de Taubabé ao contrário. Vão todos silenciar?
8 comentários:
Gostaria muito de assistir este comercial televisivo novamente e não consigo localiza-lo? Vc poderia me enviar o vídeo deste comercial magnífico ao qual me trazem muitas recordações! Obrigado!
Carlos Alberto Orestes Sobrinho
Jundiaí SP.
TAMBÉM GOSTARIA DE VER.
Boas lembranças...queria rever.
Sumiram com o comercial.
Também gostaria de rever...
Alguém pode indicar onde poderia rever esse comercial ? Nostalgia .
Alguém pode indicar onde poderia rever esse comercial ? Nostalgia . cielopai@gmail.com
Ninguem localizou esse comercial?
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