01 – Fui privilegiado com muitas lições do mestre Jorge França Camargo. Uma delas: as decisões tomadas em plenário, independente dos favoráveis e contrários, são sempre da Câmara Municipal. Quando uma lei é aprovada, é a Câmara que aprova. O contrário é verdadeiro. Portanto, na segunda-feira, a Câmara decidiu não investigar as denúncias sobre problemas no Departamento de Serviços Municipais, de autoria do ex-assessor Maurício Gusmão. Sendo assim, considero – do alto da minha insignificância, ao contrário dos que se manifestam do porão de sua sabedoria – que a maioria levou o Legislativo a um equívoco.
02 – O leitor vai dizer: mas este assunto de novo? Pois é. Que fazer se os fatos nos conduzem a certas inevitabilidades. Os argumentos de parte de alguns que rejeitaram a constituição da Comissão de Investigação são de pobreza espantosa. Um, porque o autor do requerimento era Robertinho Tavares, que teria sido informado das irregularidades há bom tempo, silenciando a respeito. Outro, sob a desculpa de que há sindicância instaurada na Prefeitura e, se esta não levar a nada, aí é o caso de enfiar a mão na cumbuca. Deus do céu. Isto é colocar explicita e confessadamente a Câmara a reboque do Executivo.
03 – Acho até que a Câmara acertou ao não entrar no caso do cartel das empresas prestadoras de serviços de assessoria em área de pessoal, uma vez já existir amplo e caudaloso processo nas mãos da promotora Cristiane Correa de Souza Hillal. Para acompanhar o andamento do processo não é preciso comissão, mas apenas interesse e iniciativa. No caso de segunda-feira, não havia uma só razão que recomendasse a rejeição da comissão. É preciso ser justo com a maioria, que mandou o caso para a sepultura. A minoria não se entusiasmou com o caso. Votou pela aprovação do requerimento de Robertinho ao que parece fazendo a obrigação. Certas condutas humanas são mesmo cercadas de mistérios insondáveis.
04 – Então, vamos aguardar? Vamos aguardar o nada. Porque desse ventre emprenhado nada vai sair. Joga-se com o esquecimento, apostando na versão segundo a qual o brasileiro – e o mogimiriano não escapa – é curto de memória. Em parte é verdadeiro. Eu pensava em ser óbvio que os legisladores se interessassem não necessariamente em condenar, porque de resto não é essa a única finalidade de qualquer investigação. Ela se destina a esclarecer. Fez-se, portanto, a opção contrária, meio como se fosse jogar para debaixo do tapete.
05 – Minha avaliação pode ser a mais improcedente de todas, mas entendo que o mal está feito. A dúvida foi lançada, alcançando personalidades do governo. E permanecerá pairando. Com grande chance de ser exumada na campanha eleitoral do ano que vem. O que será péssimo. Porque péssima foi a decisão de nada esclarecer. Finalizo com uma interrogação: seria estratégico, sob o ponto de vista político, manter a incerteza no ar? Aconselho meus botões a ficarem em silêncio.
02 – O leitor vai dizer: mas este assunto de novo? Pois é. Que fazer se os fatos nos conduzem a certas inevitabilidades. Os argumentos de parte de alguns que rejeitaram a constituição da Comissão de Investigação são de pobreza espantosa. Um, porque o autor do requerimento era Robertinho Tavares, que teria sido informado das irregularidades há bom tempo, silenciando a respeito. Outro, sob a desculpa de que há sindicância instaurada na Prefeitura e, se esta não levar a nada, aí é o caso de enfiar a mão na cumbuca. Deus do céu. Isto é colocar explicita e confessadamente a Câmara a reboque do Executivo.
03 – Acho até que a Câmara acertou ao não entrar no caso do cartel das empresas prestadoras de serviços de assessoria em área de pessoal, uma vez já existir amplo e caudaloso processo nas mãos da promotora Cristiane Correa de Souza Hillal. Para acompanhar o andamento do processo não é preciso comissão, mas apenas interesse e iniciativa. No caso de segunda-feira, não havia uma só razão que recomendasse a rejeição da comissão. É preciso ser justo com a maioria, que mandou o caso para a sepultura. A minoria não se entusiasmou com o caso. Votou pela aprovação do requerimento de Robertinho ao que parece fazendo a obrigação. Certas condutas humanas são mesmo cercadas de mistérios insondáveis.
04 – Então, vamos aguardar? Vamos aguardar o nada. Porque desse ventre emprenhado nada vai sair. Joga-se com o esquecimento, apostando na versão segundo a qual o brasileiro – e o mogimiriano não escapa – é curto de memória. Em parte é verdadeiro. Eu pensava em ser óbvio que os legisladores se interessassem não necessariamente em condenar, porque de resto não é essa a única finalidade de qualquer investigação. Ela se destina a esclarecer. Fez-se, portanto, a opção contrária, meio como se fosse jogar para debaixo do tapete.
05 – Minha avaliação pode ser a mais improcedente de todas, mas entendo que o mal está feito. A dúvida foi lançada, alcançando personalidades do governo. E permanecerá pairando. Com grande chance de ser exumada na campanha eleitoral do ano que vem. O que será péssimo. Porque péssima foi a decisão de nada esclarecer. Finalizo com uma interrogação: seria estratégico, sob o ponto de vista político, manter a incerteza no ar? Aconselho meus botões a ficarem em silêncio.
2 comentários:
Muito bom. Onde ha fumaça...
Nessa rede, com certeza tem peixe grande...se fosse peixes pequenos,estariam fritos.
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