quinta-feira, 19 de maio de 2011

Gabinete do Prefeito é usado para fim partidário

Na entrevista coletiva desta quinta-feira, para falar sobre a reaproximação com a vereadora Maria Helena Scudeler de Barros, o prefeito Carlos Nelson Bueno voltou a usar o gabinete para tratar de assuntos de interesse do seu partido, o PSDB.

O episódio já fora verificado no ano passado, quando o Gabinete do Prefeito foi usado pela a Executiva do PSDB para manifestar apoio ao deputado federal Silvio Torres.

No caso desta semana, estavam presentes vários membros da direção da sigla, como o ex-presidente Benedito Sechinato, o Pito, e o vice-presidente Milton Antonio Vital, que exerce a presidência interinamente em substituição a Sidney Carvalho, que renunciou ao posto.

Foram convocados e também compareceram o vereador Osvaldo Quaglio, Miriam Rossanez, Geraldo Magela Brites, Luiz Rocha e o ex-vereador Vanderlei Andrade.

Sechinato, Rocha e Vital, que ocupam cargo na estrutura da Prefeitura, estavam em horário de serviço. A entrevista coletiva foi realizada a partir das 10h00.

No ano passado, o Gabinete do Prefeito foi usado para a Executiva Municipal do partido declarar apoio à candidatura à reeleição do deputado Silvio Torres.

O ato foi tão explícito que terminou noticiado no blog de Carlos Nelson na Internet, inclusive com fotografias do evento.

Na quarta-feira desta semana, a reunião dos membros do PSDB foi fotografada pelo fotógrafo Ismael Silveira Junior, da Assessoria de Comunicação da Prefeitura. A assessora Vivian Cardoso acompanhou parte da coletiva.

Na terça-feira, a convocação da entrevista coletiva já fora feita através da Assessoria de Comunicação da Prefeitura, ignorando que Carlos Nelson trataria do tema como membro do PSDB e não como prefeito municipal, já que não é nessa condição que é filiado à sigla, mas como eleitor comum.

O uso de repartições públicas é permitido pela legislação para a realização de convenções, como fez o próprio PSDB, recentemente, ao utilizar a Câmara Municipal para eleger sua nova direção.

A entrevista desta quinta-feira não se encaixa no dispositivo e o procedimento, se não foi ilegal, ao menos foi imoral e antiético. Outros partidos não desfrutam da mesma facilidade.

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