sexta-feira, 7 de março de 2008

Para que morrer abraçado?

Tudo quanto se diga antes das eleições é arriscado. Evidências se transformam em pálidas suspeitas, que terminam com resultado contrário. Mas, é inerente a quem escreve sobre o tema a perspectiva do erro.

Então, vai lá. Não acho que vai sair essa coligação ou coalizão entre o bloco PT-PSB e o PV. E não vai sair porque me parece estar o PV muito firme na decisão de deixar de ser caudatário. Os verdes querem voar com suas próprias asas.

E querem especialmente por não vislumbrarem chance alguma, exceto na hipótese de um ciclone político, de ganhar a eleição para a Prefeitura. Ninguém se viabilizou para isso enquanto Carlos Nelson foi reinando. Deixaram a coisa correr frouxa.

Se não se quiser reconhecer que o atual prefeito vem se cacifando para levar a segunda rodada do pif-paf eleitoral em virtude dos resultados de seu governo, será o caso de reconhecer que vem se cacifando até por exclusão. Pela ausência de opositores com densidade eleitoral.

O PV sabe disso. Sabem também o PT e o PSB. O nó está exatamente aí. O PV deve achar uma bobagem fazer coligação apenas para bater o ponto, cumprir tabela. Isso, prefere fazer sozinho. Os verdes não me parecem ter, neste momento, vocação para morrer abraçado só pela honra de entar para a história.

Então, vai marchar isolado. Para marcar a SUA posição, para se inserir, para se tornar conhecido, para se popularizar. É quase como se fosse um plantio de semente para colher frutos adiante. Daí seu ouvido não se encantar com qualquer música. Daí me levar a concluir que os esforços do PT e do PSB resultarão inúteis.

Em teoria, é isso. Na prática, a gente vai ver mais à frente. Até porque - diz certa sabedoria - de cabeça de político e bumbum de criança nunca se sabe o que vai sair.

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