sábado, 22 de março de 2008

No ralo

Nem para bem, nem para mal, Mogi Mirim não está fora dos padrões quando o assunto é desperdício de água. Por aqui, 40% da água que é captada no rio Mogi Guaçu não serve para coisa alguma. Se perde pelos caminhos de uma rede de distribuição antiquada e obsoleta.

Não é só água que vai para o ralo. É também dinheiro que sai do bolso do sofrido cidadão. Portanto, são dois problemas: ambiental e econômico. A questão ambiental, claro, é mais importante.

O desperdício equivale a dar um pontapé na canela da natureza, que tão generosamente fornece aquilo que, algum dia, alguém inventou de chamar de “precioso líquido”.

Por estas e outras que insisto na minha tese: administrador público precisa ser visão global, do conjunto. E visão de futuro. Não pode, portanto, olhar apenas o detalhe, o individual, o varejo. E não pode pensar em soluções para a hora, o momento.

O que não for feito agora, quando a perda é de 40%, vai refletir amanhã, depois e assim por diante. Não é Saae que tem a responsabilidade de prover as soluções. É o administrador, qualquer que seja, que esteja no comando da cidade. Se for responsável.

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