quarta-feira, 5 de março de 2008

Famílias unidas

O povo elege. Depois, esquece. E muitos dos eleitos não dispensam as boquinhas e se fartam. Levam a família toda para o poder. Em Rio Claro, 14 servidores são parentes de vereadores. Se o povo não vê, a Justiça, que é cega, viu. E mandou que todo mundo seja posto no olho da rua.

Os casos revelam a mais absoluta ausência de pudor e vergonha. O vereador João Teixeira tem o irmão como chefe de gabinete. Sérgio Carnevale nomeou o filho como assessor. Marcos Roberto Vicente tem a esposa trabalhando no Legislativo. Aparecido Rodrigues empregou o filho e o irmão.

Paulo Paoli é um caso exemplar. Empregou uma sobrinha, uma filha e uma irmã, todas pagas pelo contribuinte. Mas, ele tem seus argumentos. Diz que contratou os parentes porque são as únicas pessoas nas quais pode confiar.

José Pereira dos Santos nomeou uma irmã e um sobrinho. Mônica Messetti tem uma filha no Legislativo. Maria do Carmo Guilherme pendurou o marido como assessor. Joanzil Cervezan Júnior levou um irmão e uma prima grau para o Legislativo.

Marcos Roberto Vicente é, como Paulo Paioli, um vereador criativo. Diz que para chefe de gabinete precisa de alguém de confiança como a esposa, para não vazar informações de projetos futuros.

Uma perguntinha só: quando foi bater na porta da casa do eleitor, esse pessoal avisou que iria levar a parentada para a Câmara?

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