1 – Como é natural da época, o que mais perguntam é o que acho que vai acontecer em outubro, na disputa pelo Palácio do Planalto. Um tucano de primeiríssima plumagem, por exemplo, admitiu estar pensando na hipótese de que Dilma Rousseff vai levar já no primeiro turno. A perspectiva que traça é derivada, claro, dos resultados das últimas pesquisas, que põem a candidata do PT alguns substanciais pontos à frente de José Serra.
2 – Penso não ser desprezível a possibilidade de que a ex-ministra liquide a fatura já em 3 de outubro, dispensando um segundo embate no final do mês. É algo difícil, considerando que a campanha vai se abrir mesmo a partir da exposição nos programas de televisão. Mas, chama a atenção a regularidade da posição de Dilma, que subiu e ficou. E faltam menos de dois meses para a eleição. Desdenhada pelo tucanato mais soberbo, ela parece definitivamente consolidada.
3 – Hoje, o que a faria despencar da privilegiada situação de liderança? Somente um grande, mas um enorme escândalo que a envolva. O que não parece algo sinalizado no horizonte, até pela carreira política relativamente modesta da ex-pedetista. Dilma é quase aquilo que costumo chamar de ‘político imaculado’. Por não possuir extensa história, possui poucas manchinhas pretas no coração. Lembram-se que nossos avós diziam que, quando pecávamos, ficava uma marca preta no coração?
4 – Necessariamente, o histórico de José Serra, de origem bem anterior ao de sua oponente, não o faz mais ameaçado por tropeços cometidos ao longo das décadas em que está na estrada. Mas, inegavelmente, Dilma está muito mais a salvo. E se a candidata não possui registros inconfessáveis que possam incomodá-las, tenho para mim que a outra via para despencá-la, que seus adversários insistem em utilizar, seja inútil: bater em Lula. É perda de tempo.
5 – Lula não tem seus gargalos? Claro que sim. Em dois governos,é impossível não abrir flancos. O mensalão, por exemplo, transitou pelas suas cercanias, rondou alguns fios mais longos de sua barba. Mas, não o afetou. Nem a mais tênue mancha produziu em seu paletó, que não tenha sido removida com um sutil peteleco, um pirarote. Além disso, o assunto é página virada, matéria vencida. Não tem a menor importância contextualmente na disputa que agora se trava. Não tira voto de um e nem dá a outro.
6 – Concluo, pois, que Lula está blindado. Quem sofre a bateria de críticas que ele enfrenta e resiste com índice de aprovação na beira dos 70% está quase imune. Criou um anticorpo invencível. Vai deixar Brasília sob consagração. Gostem ou não os que não gostam dele. Em sendo assim e como o ex-‘sapo barbudo’ – na definição do finado Leonel Brizola, quando ambos andaram se estranhando – é não só o fiador como o maior animador e avalista da candidatura de Dilma, a ex-ministra se põe mesmo em condições muito privilegiadas. Acho que será um fato excepcional, mas não estranharei se ela der a volta em Serra logo na primeira bateria do grand prix eleitoral, dispensando a volta às pistas.
2 – Penso não ser desprezível a possibilidade de que a ex-ministra liquide a fatura já em 3 de outubro, dispensando um segundo embate no final do mês. É algo difícil, considerando que a campanha vai se abrir mesmo a partir da exposição nos programas de televisão. Mas, chama a atenção a regularidade da posição de Dilma, que subiu e ficou. E faltam menos de dois meses para a eleição. Desdenhada pelo tucanato mais soberbo, ela parece definitivamente consolidada.
3 – Hoje, o que a faria despencar da privilegiada situação de liderança? Somente um grande, mas um enorme escândalo que a envolva. O que não parece algo sinalizado no horizonte, até pela carreira política relativamente modesta da ex-pedetista. Dilma é quase aquilo que costumo chamar de ‘político imaculado’. Por não possuir extensa história, possui poucas manchinhas pretas no coração. Lembram-se que nossos avós diziam que, quando pecávamos, ficava uma marca preta no coração?
4 – Necessariamente, o histórico de José Serra, de origem bem anterior ao de sua oponente, não o faz mais ameaçado por tropeços cometidos ao longo das décadas em que está na estrada. Mas, inegavelmente, Dilma está muito mais a salvo. E se a candidata não possui registros inconfessáveis que possam incomodá-las, tenho para mim que a outra via para despencá-la, que seus adversários insistem em utilizar, seja inútil: bater em Lula. É perda de tempo.
5 – Lula não tem seus gargalos? Claro que sim. Em dois governos,é impossível não abrir flancos. O mensalão, por exemplo, transitou pelas suas cercanias, rondou alguns fios mais longos de sua barba. Mas, não o afetou. Nem a mais tênue mancha produziu em seu paletó, que não tenha sido removida com um sutil peteleco, um pirarote. Além disso, o assunto é página virada, matéria vencida. Não tem a menor importância contextualmente na disputa que agora se trava. Não tira voto de um e nem dá a outro.
6 – Concluo, pois, que Lula está blindado. Quem sofre a bateria de críticas que ele enfrenta e resiste com índice de aprovação na beira dos 70% está quase imune. Criou um anticorpo invencível. Vai deixar Brasília sob consagração. Gostem ou não os que não gostam dele. Em sendo assim e como o ex-‘sapo barbudo’ – na definição do finado Leonel Brizola, quando ambos andaram se estranhando – é não só o fiador como o maior animador e avalista da candidatura de Dilma, a ex-ministra se põe mesmo em condições muito privilegiadas. Acho que será um fato excepcional, mas não estranharei se ela der a volta em Serra logo na primeira bateria do grand prix eleitoral, dispensando a volta às pistas.
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