Quem tem alguma proximidade com a política ouve, com frequência, que os métodos operacionais de José Serra são pesados, beirado ao cruel. Ai de que atravessa seu caminho.
O problema é que isso funciona quando se tem o poder nas mãos. Em busca de conquista, como é o caso presente, funciona na direção contrária. Coopta, mas não agrega.
É o preço que Serra está pagando. Interpôs todas as dificuldades possíveis a Aécio Neves, até alijá-lo. Queria ser o candidato a presidente, na suposição de que seu inventário político seria imbatível ante uma mulher de currículo modesto.
Menosprezou Lula. Ignorou o quanto podia um presidente quase à beira da unanimidade. Banalizou a escolha do vice, sob a pretensão de que ele é que importava. Ele venceria, ainda que a seu lado se fincasse um poste.
A tudo Lula foi contemplando com seu sorriso malandro de líder curtido na vida sindical, enquanto Serra não descia se sua soberba.
Serra foi construindo, passo a passo, a candidatura de oposição que Lula queria. E, inebriado pelo cheiro de naftalina de seus acólitos, o ex-governador seguiu impávido e colosso.
Colheu os frutos das sementes que lançou em terreno infértil. Alcançou o destino que erigiu para si mesmo.
Lula há de lhe ser grato eternamente. Porque não precisava de um candidato ideal, mas de um adversário ideal. Serra foi, portanto, tudo que Lula queria. Sim, queria, porque a eleição acabou.
O problema é que isso funciona quando se tem o poder nas mãos. Em busca de conquista, como é o caso presente, funciona na direção contrária. Coopta, mas não agrega.
É o preço que Serra está pagando. Interpôs todas as dificuldades possíveis a Aécio Neves, até alijá-lo. Queria ser o candidato a presidente, na suposição de que seu inventário político seria imbatível ante uma mulher de currículo modesto.
Menosprezou Lula. Ignorou o quanto podia um presidente quase à beira da unanimidade. Banalizou a escolha do vice, sob a pretensão de que ele é que importava. Ele venceria, ainda que a seu lado se fincasse um poste.
A tudo Lula foi contemplando com seu sorriso malandro de líder curtido na vida sindical, enquanto Serra não descia se sua soberba.
Serra foi construindo, passo a passo, a candidatura de oposição que Lula queria. E, inebriado pelo cheiro de naftalina de seus acólitos, o ex-governador seguiu impávido e colosso.
Colheu os frutos das sementes que lançou em terreno infértil. Alcançou o destino que erigiu para si mesmo.
Lula há de lhe ser grato eternamente. Porque não precisava de um candidato ideal, mas de um adversário ideal. Serra foi, portanto, tudo que Lula queria. Sim, queria, porque a eleição acabou.
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