1 – Passada a tormenta, que aliás não moveu um só fio dos meus já ralos cabelos, é hora apropriada para refletir sobre a questão da hora: a troca de hidrômetros. E parto de uma indagação que me fez o repórter Kaique Barretto: sou contrário à providência que o Saae está adotando? Respondi convictamente: não.
2 – O Saae está coberto de razão quando argumenta ser necessário otimizar o uso da água. Disso, aliás, O POPULAR já se ocupou mais de uma vez em editorial. Perdas que se verificam, entre outros fatores, pelos ralos uma de uma rede de distribuição que, em alguns pontos, já celebrou jubileu de ouro. Não escapam também os vazamentos internos nas propriedades dos usuários. Então, a autarquia resolveu fazer e fez. Não creio que sem a noção das consequências que a medida iria produzir. E produziu.
3 – Por medirem com maior precisão, os novos equipamentos levam obviamente ao aumento no valor das contas. É de lógica elementar. Porque aferem integralmente, gota a gota, a água que passa pelo cano. Sendo assim, pois, quem gasta 20 mil litros mensais e não sofrer desperdício por vazamento, vai pagar pela precisão do volume consumido. É injusto? Não. Injusto é gastar 20 mil e pagar 15 mil, o que provavelmente ocorre em muitas, em centenas, talvez em milhares de situações. Daí advirem os murros no estômago que muitos usuários estão sofrendo. A intensidade dos casos em que a agressão ao bolso possa ser produto da anormalidade no funcionamento dos novos aparelhos é desprezível. Não é a causa, mas mero acidente.
4 – Por ululante obviedade, a providência adotada vai concorrer para o aumento da receita. É o que admitia ainda em fevereiro o engenheiro Pauloroberto Silva Junior, ao assinalar que a iniciativa do Saae iria minimizar as perdas aparentes em vários bairros da cidade, “aumentando o faturamento da autarquia”. Claro. Num exemplo ao acaso, um bar que, pelas peculiaridades de sua atividade, gasta 15 mil litros de água por mês, vai arder com uma conta maior, tomando por certo que seu consumo era submedido. É, pois, mais recursos no caixa. Questão cristalina, como a água que o Saae capta, trata e serve.
5 - Por tal circunstância, era – e continua sendo – inteiramente procedente saber quando o Saae iria – e vai – ganhar com o procedimento que adotou. Uma sobreposição de faturamento, considerando o reajuste generalizado promovido nas tarifas no final do primeiro semestre e os 25% do ano passado. Pela mesma razão, era procedente perguntar se o reajuste tarifário não seria dispensável, tendo em vista as perspectivas de aumento no faturamento com a medição mais apurada do consumo. Em outra hipótese, ofenderia perguntar por que não aplicar um redutor de modo a minimizar o efeito em cascata da troca dos hidrômetros, se o objetivo não era arrecadatório? Se estou equivocado em minhas concepções e, com alguma probabilidade minhas inquietações refletem as mesmas de uma meia dúzia de pessoas, bastaria me convencer. Com respostas.
2 – O Saae está coberto de razão quando argumenta ser necessário otimizar o uso da água. Disso, aliás, O POPULAR já se ocupou mais de uma vez em editorial. Perdas que se verificam, entre outros fatores, pelos ralos uma de uma rede de distribuição que, em alguns pontos, já celebrou jubileu de ouro. Não escapam também os vazamentos internos nas propriedades dos usuários. Então, a autarquia resolveu fazer e fez. Não creio que sem a noção das consequências que a medida iria produzir. E produziu.
3 – Por medirem com maior precisão, os novos equipamentos levam obviamente ao aumento no valor das contas. É de lógica elementar. Porque aferem integralmente, gota a gota, a água que passa pelo cano. Sendo assim, pois, quem gasta 20 mil litros mensais e não sofrer desperdício por vazamento, vai pagar pela precisão do volume consumido. É injusto? Não. Injusto é gastar 20 mil e pagar 15 mil, o que provavelmente ocorre em muitas, em centenas, talvez em milhares de situações. Daí advirem os murros no estômago que muitos usuários estão sofrendo. A intensidade dos casos em que a agressão ao bolso possa ser produto da anormalidade no funcionamento dos novos aparelhos é desprezível. Não é a causa, mas mero acidente.
4 – Por ululante obviedade, a providência adotada vai concorrer para o aumento da receita. É o que admitia ainda em fevereiro o engenheiro Pauloroberto Silva Junior, ao assinalar que a iniciativa do Saae iria minimizar as perdas aparentes em vários bairros da cidade, “aumentando o faturamento da autarquia”. Claro. Num exemplo ao acaso, um bar que, pelas peculiaridades de sua atividade, gasta 15 mil litros de água por mês, vai arder com uma conta maior, tomando por certo que seu consumo era submedido. É, pois, mais recursos no caixa. Questão cristalina, como a água que o Saae capta, trata e serve.
5 - Por tal circunstância, era – e continua sendo – inteiramente procedente saber quando o Saae iria – e vai – ganhar com o procedimento que adotou. Uma sobreposição de faturamento, considerando o reajuste generalizado promovido nas tarifas no final do primeiro semestre e os 25% do ano passado. Pela mesma razão, era procedente perguntar se o reajuste tarifário não seria dispensável, tendo em vista as perspectivas de aumento no faturamento com a medição mais apurada do consumo. Em outra hipótese, ofenderia perguntar por que não aplicar um redutor de modo a minimizar o efeito em cascata da troca dos hidrômetros, se o objetivo não era arrecadatório? Se estou equivocado em minhas concepções e, com alguma probabilidade minhas inquietações refletem as mesmas de uma meia dúzia de pessoas, bastaria me convencer. Com respostas.
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