quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Lotes, sobrenomes e Severino

1 – Converso com o vereador Marcos Godoy e ele afirma peremptoriamente sua opinião: houve facilitação na aprovação do Loteamento Murayama. De maneira deliberada, proposital. Diz mais, que nas portas em que bateu em busca de informações, as reações foram quase de confissão quanto à ausência de laudo ambiental para ancorar, entre outros papéis, o decreto assinado por Carlos Nelson. A aprovação de loteamentos, como todos deveriam saber, é ato da prerrogativa e da responsabilidade do prefeito. Em última análise, pois, ele é responsável pelo ato, no que este tenha de virtude e de defeito.

2 – Uma coisa me restou curiosa após a breve conversa com Marcos: como certos institutos estão com a credibilidade a zero. Ele não leva a menor fé na sindicância que o prefeito mandou instaurar para apurar o caso. E toma como base o resultado da mais recente, que concluiu por nada apurar sobre a denúncia de desvio de cimento no DSM, mas que escancarou uma porta ao revelar a inexistência de controle de entrada e saída de material do departamento.

3 – Marcos nota um detalhe ou uma desculpa da qual se valeu, há não muito tempo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: é impossível ler todos os documentos que são colocados sobre a mesma. Na maioria, senão em todos mesmo, a assinatura escorrega no papel em confiança. A regra valeria para o prefeito no caso em ebulição. Assinou em confiança, sem pleno conhecimento do recheio que havia por dentro do processo.
4 – Importante deixar claro o seguinte: por enquanto é um caso coberto de nuvens. Pode ser que elas se dissipem sem causar qualquer tempestade, nem mesmo uma chuvinha mansa. Pode acontecer o contrário, dependendo da procedência do fato trazido à luz pelo vereador do PDT, aliás integrante da base de sustentação do governo municipal. Se fosse da oposição, a estas alturas, estaria sendo malhado no poste como inimigo empenhado em prejudicar o governo.
5 – Por sobrenomes, notei que PMDB e PSB são partidos que não se incomodam de expor as íntimas relações familiares através das quais preenchem seus quadros diretivos. Pais, filhos, maridos, esposas, estão lá nos mais diversos postos, a garantir sossego e segurança às decisões de interesse da cúpula dominante. É assim que eles se renovam e se oxigenam para oferecer luzes ao futuro da cidade.
6 – Não sei por que, mas em determinados momentos tenho sido assaltado pela sensação de que vejo Severino Cavalcanti sendo reproduzido em Mogi Mirim. São tantas as trapalhadas. Mas, fazer o que, não é? Como é recorrente na boca de alguns personagens, voto pode não ter preço, mas com toda certeza tem consequência. Então, elegeu está eleito. Tem que exercer o mandato, CQC.

Um comentário:

Elvis Prado disse...

Severino...rs.
Muito boa escolha Valter.
Abraço.