1 – Quem morou no sítio vai se identificar com a figuração. Quando chovia, a goteira do telhado caía sobre uma lata qualquer e aquele barulho ritmado e contínuo durava a noite inteira. Ou, óbvio, até que a chuva cessasse. O prefeito Carlos Nelson é mais ou menos assim. Seus ataques de nervos são ritmados e contínuos. Cessam por vezes, mas temporariamente. É só o tempo mudar que voltam. Caso de agora, quando de novo volta sua artilharia contra a imprensa e, em particular, O POPULAR.
2 – Cheio de queixumes, como se fosse uma criança mimada, diz que a imprensa só dá vazão àquilo que atinge seu governo, menosprezando em letrinhas de canto de página os grandes feitos, como a visita de um grupo de alemães à cidade, na quinta-feira. Quer manchete. Como quer para inúmeras outras situações que enumera, esquecido de que foi eleito, de fato, para resolver problemas e promover o bem-estar dos cidadãos. Não faz favor. E se não faz favor não tem porque merecer aplausos. Pessoalmente, por exemplo, prefiro bater palmas para os malabarismos de Neymar e as arrancadas fulminantes de Lucas do que para os destemperos típicos de um mau humorado permanente em que Carlos Nelson se caracteriza.
3 – Aqui ao lado, no Editorial, está um resumo do que é a conduta deste jornal, que não se deixa afetar por bravatas e não se altera porque alguém com poder resolveu elegê-lo como desafeto, inimigo ou sei lá o que. O manual pelo qual o prefeito quer que a imprensa se conduza é arcaico, muito embora ainda não inteiramente erradicado, dos tempos em que os poderosos constituíam seus próprios jornais para lhe fazerem a corte, lustrar seu ego e garantir mandatos em sequência a mandatos. Mais modernamente, aliás, essa prática se estendeu às estações de rádio e às emissoras de televisão. São centenas delas espalhadas pelo Brasil, em muitos casos em nome de laranjas como inútil disfarce.
4 – Carlos Nelson não é alguém com idade tenra e, portanto, apropriada para ouvir conselhos. Já viveu o bastante para absorver sabedoria – que aliás acha possuir em quantidade superior a qualquer ser humano sobre a face da terra. É o máximo dos máximos. Em Mogi Guaçu, era chamado de Rei Sol. Onde, aliás, tratava seu desafeto, o ex-aliado Walter Caveanha, com a mesma agudeza que agora reclama dos que não lhe são simpáticos. Mas, de vez em quando, precisa ouvir. Como diz que não lê o jornal, espero que alguém leve a recomendação a seus ouvidos. Compreenda, ainda que tardiamente, que no regime democrático é inerente ouvir a voz dos contrários e dos que não lhe cortejam subservientemente. Tentar fazer convencer os cidadãos de que a ação dos independentes se destina a causar danos à cidade, a pretexto de prejudicá-lo pessoalmente, é uma ideia tão desproposital que só alguém tão emocionalmente descontrolado poderia cultivar. Talvez um pouco de silêncio faça bem, doutor.
2 – Cheio de queixumes, como se fosse uma criança mimada, diz que a imprensa só dá vazão àquilo que atinge seu governo, menosprezando em letrinhas de canto de página os grandes feitos, como a visita de um grupo de alemães à cidade, na quinta-feira. Quer manchete. Como quer para inúmeras outras situações que enumera, esquecido de que foi eleito, de fato, para resolver problemas e promover o bem-estar dos cidadãos. Não faz favor. E se não faz favor não tem porque merecer aplausos. Pessoalmente, por exemplo, prefiro bater palmas para os malabarismos de Neymar e as arrancadas fulminantes de Lucas do que para os destemperos típicos de um mau humorado permanente em que Carlos Nelson se caracteriza.
3 – Aqui ao lado, no Editorial, está um resumo do que é a conduta deste jornal, que não se deixa afetar por bravatas e não se altera porque alguém com poder resolveu elegê-lo como desafeto, inimigo ou sei lá o que. O manual pelo qual o prefeito quer que a imprensa se conduza é arcaico, muito embora ainda não inteiramente erradicado, dos tempos em que os poderosos constituíam seus próprios jornais para lhe fazerem a corte, lustrar seu ego e garantir mandatos em sequência a mandatos. Mais modernamente, aliás, essa prática se estendeu às estações de rádio e às emissoras de televisão. São centenas delas espalhadas pelo Brasil, em muitos casos em nome de laranjas como inútil disfarce.
4 – Carlos Nelson não é alguém com idade tenra e, portanto, apropriada para ouvir conselhos. Já viveu o bastante para absorver sabedoria – que aliás acha possuir em quantidade superior a qualquer ser humano sobre a face da terra. É o máximo dos máximos. Em Mogi Guaçu, era chamado de Rei Sol. Onde, aliás, tratava seu desafeto, o ex-aliado Walter Caveanha, com a mesma agudeza que agora reclama dos que não lhe são simpáticos. Mas, de vez em quando, precisa ouvir. Como diz que não lê o jornal, espero que alguém leve a recomendação a seus ouvidos. Compreenda, ainda que tardiamente, que no regime democrático é inerente ouvir a voz dos contrários e dos que não lhe cortejam subservientemente. Tentar fazer convencer os cidadãos de que a ação dos independentes se destina a causar danos à cidade, a pretexto de prejudicá-lo pessoalmente, é uma ideia tão desproposital que só alguém tão emocionalmente descontrolado poderia cultivar. Talvez um pouco de silêncio faça bem, doutor.
Um comentário:
Eu me conforto em saber q pelo menos esse periodo triste da politica mogimiriana sirva de aprendizado para todos.
O pior q ele quer manchete pelo grupo de alemaes. Sim deveria ter e bem explicado: mais um esquema pra sugar os cofres publicos.
Arrivederci, Valter
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