sábado, 6 de fevereiro de 2010

É coisa de certo nonsense que um vereador se dedique a colher assinaturas de cidadãos para reivindicar melhorias na cidade, como vem fazendo Cinoê Duzo em relação ao Lavapés. Por que?

Ora, afinal o que é o vereador senão o porta-voz da comunidade, como seu representante legítimo – ao menos em tese. Fico entre duas hipóteses: ou o autor da iniciativa aproveita a ocasião para fazer seu marketing ou vereador não anda com a melhor das cotações junto ao Gabinete do Prefeito.

Com a agravante de que, no caso de Cinoê, ele integra a chamada base governista, que não é outra coisa senão aquela que apóia para desfrutar de facilidades.

A propósito dessa iniciativa de Cinoê Duzo, me ocorreu uma ideia. Se para pedir remendos na roupa velha do Lavapés vai-se às ruas ouvir o povo, buscar adesão, não é o caso de aplicar a mesma regra em relação a decisões que são submetidas aos vereadores?

Agora mesmo temos um exemplo: por que não colher assinaturas do povo para saber se está contra ou a favor do reajuste do IPTU, já materializado e enfiado goela abaixo dos contribuintes?

Por que não colhe assinaturas dos servidores municipais acerca da proposta de Carlos Nelson em cortar a assiduidade para conceder a fortuna de 9% de reajuste salarial?

Como não existe meia gravidez, não há meia democracia. Quero até acreditar que a mesma força que terá o abaixo assinado pró-Lavapés é a que teria procedimento semelhante em relação à questão de interesse do funcionalismo. Isto é, nenhuma. Mas, ao menos, o autor ficaria bem na cena.

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