É recorrente nos discursos de que os políticos devem defender o ‘povo pobre da periferia’. Nos últimos dois meses, por exemplo, a desgastada frase se repetiu à exaustão.
Provavelmente vencido pelo excesso, estes dias me bateu na telha uma indagação, que passo à frente. Defender do que? Que crime esse povo cometeu? Do que é acusado?
Ora, bolas. Os pobres, sejam da periferia, do centro, da zona rural, dos morros e das favelas, não precisam de defensores, mas de agentes políticos que concorram para transformar as suas vidas. As vidas dos pobres – que fique bem entendido.
Para tomar o exemplo do momento, interpelo a quem quiser me responder: conceder isenção tributária muda a vida dessas pessoas? Retiram-nas do patamar em que se encontram e as alçam para uma melhor posição social?
Óbvio que não. Mas, antes que alguém se apresse a me rotular como ‘defensor’ dos povos ricos, deixo claro: não tenho posição contrária à concessão do favor. O problema é que ele ‘malemá’ (lembram que muitos dos nossos usavam essa palavra?) remedia. Não resolve nada. Antes, acho que serve mais a fins políticos. Como diz um amigo, em tom humorístico, isso “não infrói e nem contribói”.
Provavelmente vencido pelo excesso, estes dias me bateu na telha uma indagação, que passo à frente. Defender do que? Que crime esse povo cometeu? Do que é acusado?
Ora, bolas. Os pobres, sejam da periferia, do centro, da zona rural, dos morros e das favelas, não precisam de defensores, mas de agentes políticos que concorram para transformar as suas vidas. As vidas dos pobres – que fique bem entendido.
Para tomar o exemplo do momento, interpelo a quem quiser me responder: conceder isenção tributária muda a vida dessas pessoas? Retiram-nas do patamar em que se encontram e as alçam para uma melhor posição social?
Óbvio que não. Mas, antes que alguém se apresse a me rotular como ‘defensor’ dos povos ricos, deixo claro: não tenho posição contrária à concessão do favor. O problema é que ele ‘malemá’ (lembram que muitos dos nossos usavam essa palavra?) remedia. Não resolve nada. Antes, acho que serve mais a fins políticos. Como diz um amigo, em tom humorístico, isso “não infrói e nem contribói”.
Um comentário:
Depende. Se tomar por exemplo um daqueles vídeos que mostram hienas e abutres se enfrentando para garantir para si o que restou das presas de predadores mais poderosos, pode-se dizer que uns e outros estariam defendendo o que enxergam como carniça.
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