quarta-feira, 11 de março de 2009

Giovanni, o só

A goleada de 4 a 0 sofrida pelo Mogi Mirim ante o Santo André, que poderia ter sido ainda mais vexatória, é o resultado da diferença entre Giovanni e o resto.

Malhado impiedosamente e responsabilizado por parte dos insucessos do time, o ex-craque do Santos e do Barcelona deu exemplo de profissionalismo durante a catástrofe do ABC.

Fez o que lhe cabia e o que era possível que fizesse. Acho que esbravejou inclusive com o treinador, desanimado com a mansidão do time. Quase indolência.

Mas, o problema do Mogi Mirim não é de mansidão ou de indolência. É de ruindade mesmo. Daí eu ter ficado com dó de Giovanni, perdido entre um grupo de jogadores no máximo medianos.

Assim, é difícil. Ou melhor, é impossível. A quem entregar com açúcar uma bola redondinha? Com quem contar para dar curso ao seu talento, esbanjado no gramado de Santo André?

Foi o mártir de uma batalha inglória, cercado de nulidades. Se em alguma coisa Rivaldo acertou foi em trazer Giovanni, obra pessoal do presidente do Mogi.

Eu mesmo desconfiei que isso pudesse dar certo. Não deu mesmo. Mas, não por responsabilidade de Giovanni e nem por erro de Rivaldo

Não deu certo porque, nas tarefas que o presidente do clube atribuiu a seus prepostos, o resultado foi pífio.

Os incumbidos da tarefa se esqueceram que, para jogar com Giovanni, a premissa era a de que os coadjuvantes ao menos possuíssem cérebro.

Giovanni ficou sozinho. Coitado. Suspeito que esteja com uma vontade louca de voltar para Belém. Se eu fosse ele, voltaria.

Um comentário:

Anônimo disse...

É preciso considerar até onde Giovanni influiu para a contratação do resto do elenco, pois não creio que o recrutamento prescindiu de sua opinião e restringiu-se ao critério pessoal de Cléber, César Sampaio e Rivaldo. Se endossou esse ou aquele, Giovanni não está isento de culpa pelo fracasso coletivo em campo.