segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Cárcere privado

O caso do vereador Luiz Roberto Tavares, o Robertinho, é muito emblemático de que como se processam as relações políticas. Evidencia o quanto é frágil e falso o sistema partidário.

Robertinho foi eleito pelo PSDB, em oposição a Carlos Nelson. Para sua operação política, marcantemente clientelista, precisava das facilidades do governo. E não custou a converter-se ao carlosnelsismo.

O resultado foi tão bom, que aumentou significativamente sua votação no último 5 de outubro. Foi o campeão das urnas, batendo gente de alta patente.

De repente, não é que se vê submetido a cárcere privado dentro de sua própria casa? Rebelou-se contra o projeto que vai bombar os valores do IPTU, de iniciativa do líder máximo do partido, o prefeito.

Como troco, sofre ameaça de punição por indisciplina e infidelidade, que no seu extremo pode chegar à expulsão. E a expulsão – na remota hipótese de que aconteça – causa o desdobramento da perda do mandato.

Digo remota hipótese porque, inevitavelmente, Robertinho vai recuar. Não sei como. Mas, vai. Afinal, sabe que o partido vai jogar com a mão pesada do prefeito.

4 comentários:

Anônimo disse...

É por isso que, repito, considero questionável a tese de fidelidade partidária que defende que o mandato pertence oa partido e não ao candidato eleito. Fosse consistente, seria então o caso de elegermos partidos e não indivíduos para nos representar no Legislativo em todas as suas esferas. O eleitor votaria no partido que quisesse e este indicaria quem bem entendesse para dizer amém a seus caciques. Bastaria, então, um pau-mandado de cada agremiação. Daria m. do mesmo jeito, mas pelo menos economizaria dinheiro público.

Anônimo disse...

Poxa, esse tal de Fernando Parizi não faz nada na vida além de comentar o blog dos outros?

Anônimo disse...

Garanto que, faço, covarde que se esconde no anonimato. Por estar desenvolvendo sites dinâmicos há 6 anos, depois de trabalhar em jornalismo e design gráfico desde 1986, energímeno, tenho a obrigação de buscar conhecer novidades na área e reservo-me o direito de comentar no blog de quem eu quiser e puder. Garanto que você, sim, filhote de cruz-credo, não tem o que fazer na vida, já que se dá ao trabalho de se ocupar do que os outros fazem. Vai trabalhar, vagabundo(a)!

Anônimo disse...

Ah, energímeno = energúmeno, e "tal" é o sr. seu pai!