terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Gerson, o independente

Vou elaborar aqui um raciocínio contrário ao senso comum. Pois vou dizer, como estou fazendo agora, que Gerson Rossi Junior não tem compromisso algum com um próximo governo municipal pilotado por sua prima, Flávia Rossi, ou por Maria Helena Scudeler de Barros ou Ricardo Brandão.


O compromisso de Gerson se esgota com Carlos Nelson. Ele deve fidelidade – e a tem oferecido caninamente – a Carlos Nelson, que teve a coragem de convidá-lo para a mais relevante das funções do governo, a chefia do Gabinete.


Foi lá em 2005, quando Rossi ainda era um nome intimamente ligado ao PT. Em outras palavras, Gerson Rossi Junior não foi levado ao governo em face de grupos, mas por opção absoluta e exclusivamente pessoal de Carlos Nelson Bueno.

Sendo assim, Gerson flutuou no governismo. Por isso, inclusive, atraiu a ira, até hoje mantida, de importantes figuras da administração local, cujas projéteis do ciúme político disparam desde sempre.

Gerson vem sendo, desde o primeiro dia dos dois governos de Carlos Nelson, uma espécie de número 2. Governa o varejo da cidade. É o faz tudo. Ao prefeito ficam as chamadas macrodecisões.

Esse é Gerson Rossi Junior. Que em fidelidade a Carlos Nelson e para que este se revelasse fiel a Barros Munhoz, abriu mão de sua candidatura a deputado estadual.

Deve ter criado reações adversas no âmbito do seu partido, em nível estadual. Mesmo assim, peitou e, ao que parece, conseguiu ficar bem com ambos os lados.

Ora, esse Gerson descolado de PSDB e tudo que cerca o governo municipal, não tem obrigação alguma com quem quer que seja. Por isso, aliás, deveria ser mais respeitado pelos apressados de plantão.

Eu lhe disse um dia – e ele certamente se recordará – que o via sendo solenemente atingindo por um pé na bunda se cultivasse a expectativa de ser escolhido o candidato do governo. Calculo não ter errado.

Estas considerações explicam, ao menos para mim, as recentes reações de Gerson Rossi Junior ante o desrespeito com que foi tratado publicamente por versões, procedentes ou plantadas, relativas ao seu futuro político.

Seria pensar muito pobre que ele pudesse, desde agora e renunciando a projetos mais ambiciosos e mais nobres, enredar-se num acordo para permanecer no posto que ocupa hoje.
Além de tudo, seria uma atitude monumentalmente burra, porque nada assegura que o grupo atual reterá o poder nas eleições de outubro próximo.

Finalizo: Gerson será candidato. Talvez, por conveniência partidária, a vereador. Muito provavelmente se elegerá. E prevejo: não comerá na mão da prima ou de quem quer que venhaa a governar Mogi Mirim a partir de janeiro de 2013.

Assim penso. Assim espero.

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