1 – Quando foi diferente? Desgraçadamente, as eleições não conseguem se livrar do componente denunciatório. Porque eleição é cercada de elementos cruéis. Para vencer, vale tudo, até difamar a mãe do adversário, que na campanha é transformado no pior dos inimigos. Compreendam bem: não estou aplaudindo, mas apenas fazendo um resgate do que os anos me mostraram. Esse esporte de arremesso de lama no concorrente é praticado em todas as esferas. De cima em baixo, de cabo a rabo. Já aconteceu muito por aqui. Às vezes, funciona, produz efeito. Em outras, a superior vontade dos cidadãos ignora essas condutas.
2 – Trato do tema pelo quanto ele foi recorrente no debate entre Dilma Rousseff e José Serra, domingo à noite, na TV Bandeirantes. Dilma se antecipou no tratamento do assunto, sobre o qual Serra também não deixou de pôr o dedo. Na Internet, verte um tsumani de denúncias, acusações, ofensas e calúnias. Como a tal rede mundial de computadores oferece essa facilidade, boa parte do que é vomitado não tem origem definida ou autor identificado. Com certeza – isso é claramente perceptível – parte de ambos os lados. Talvez alguns mais virulentos. Mas, nessa matéria ninguém é santo.
3 – Esses procedimentos dignos da idade da pedra é tão incorporado às campanhas eleitorais que os marqueteiros acabaram por descobrir que aí está um fator com tendência a favorecer seu candidato. É sabido que o sentimentalismo dos cidadãos pende quase sempre em favor do injustiçado, do ofendido, do que seria, portanto, teoricamente o mais fraco. Pois então por que não usar os episódios como se fossem maldades disparadas contra alguém indefeso? O que vi nestes primeiros dias das escaramuças do segundo turno me parecem demonstrar que a campanha de Dilma adotou a estratégia. Ou isso não ficou absolutamente transparente no confronto com seu opositor na noite de domingo?
4 – Para não deixar o assunto perdido, com cabeça mas sem pé, vou ao que considero as consequências da exploração do expediente. Este pode servir mesmo à candidata de Lula pela penetração espontânea de que ela desfruta junto ao eleitorado de condição sóciointelectual menos privilegiada. As pessoas simples são mais suscetíveis a emoções, pelo quanto de dificuldade curtem na própria vida. Em tese, pois, são levadas a se solidarizarem com quem consideram estar sendo injustiçado. No caso, injustiçada, tratando-se de Dilma. Sendo assim, colar em Dilma o rótulo da caluniada pode render adesões preciosas nessa faixa do eleitorado.
5 – A questão é saber a eficácia que esse expediente possui junto ao grupamento dos eleitores mais frios, mais racionais, aqueles que examinam os candidatos não por sensações emocionais, mas em face do conteúdo de cada um. Não se trata de dizer que estes não se emocionem ou sejam incapazes de chorar. Trata-se apenas de não ignorar a porção que estes possuem de carapaça capaz de evitar o arrepio dos pêlos e o amolecimento do coração. Na noite de 31 deste mês saberemos tudo isso, quando soubermos quem será o sucessor de Lula da Silva.
2 – Trato do tema pelo quanto ele foi recorrente no debate entre Dilma Rousseff e José Serra, domingo à noite, na TV Bandeirantes. Dilma se antecipou no tratamento do assunto, sobre o qual Serra também não deixou de pôr o dedo. Na Internet, verte um tsumani de denúncias, acusações, ofensas e calúnias. Como a tal rede mundial de computadores oferece essa facilidade, boa parte do que é vomitado não tem origem definida ou autor identificado. Com certeza – isso é claramente perceptível – parte de ambos os lados. Talvez alguns mais virulentos. Mas, nessa matéria ninguém é santo.
3 – Esses procedimentos dignos da idade da pedra é tão incorporado às campanhas eleitorais que os marqueteiros acabaram por descobrir que aí está um fator com tendência a favorecer seu candidato. É sabido que o sentimentalismo dos cidadãos pende quase sempre em favor do injustiçado, do ofendido, do que seria, portanto, teoricamente o mais fraco. Pois então por que não usar os episódios como se fossem maldades disparadas contra alguém indefeso? O que vi nestes primeiros dias das escaramuças do segundo turno me parecem demonstrar que a campanha de Dilma adotou a estratégia. Ou isso não ficou absolutamente transparente no confronto com seu opositor na noite de domingo?
4 – Para não deixar o assunto perdido, com cabeça mas sem pé, vou ao que considero as consequências da exploração do expediente. Este pode servir mesmo à candidata de Lula pela penetração espontânea de que ela desfruta junto ao eleitorado de condição sóciointelectual menos privilegiada. As pessoas simples são mais suscetíveis a emoções, pelo quanto de dificuldade curtem na própria vida. Em tese, pois, são levadas a se solidarizarem com quem consideram estar sendo injustiçado. No caso, injustiçada, tratando-se de Dilma. Sendo assim, colar em Dilma o rótulo da caluniada pode render adesões preciosas nessa faixa do eleitorado.
5 – A questão é saber a eficácia que esse expediente possui junto ao grupamento dos eleitores mais frios, mais racionais, aqueles que examinam os candidatos não por sensações emocionais, mas em face do conteúdo de cada um. Não se trata de dizer que estes não se emocionem ou sejam incapazes de chorar. Trata-se apenas de não ignorar a porção que estes possuem de carapaça capaz de evitar o arrepio dos pêlos e o amolecimento do coração. Na noite de 31 deste mês saberemos tudo isso, quando soubermos quem será o sucessor de Lula da Silva.
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