segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Cardápio variado do pós-eleição

1 – Rivaldo está assumindo o controle do Mogi Mirim. É o resultado da convergência de duas vontades. Da família Barros em se livrar de uma atividade que em nada diz respeito aos negócios de sua empresa e, além do mais, inviável sem o aporte de montanhosos recursos. De Rivaldo em estabelecer uma base de operações num ramo de negócios em que se transformou o futebol e que movimenta dólares aos milhões. A solução é ótima, pois abre novos horizontes para o time e, com certeza, injeta entusiasmo novo no torcedor. Mas, é um negócio. Com todos os riscos que são inerentes aos negócios.

2 – Dentro do esperado, as eleições produziram vitórias previsíveis e fracassos consagradores. Há os que vão para a eleição com projeto político e ambições definidas. Há os que fazem dela um fim em si. Estar na disputa já é o bastante. Wandy Wharol, cineasta norte-americano, cunhou uma frase lapidar: “no futuro, todos serão famosos por quinze minutos”. Acho que pensava em 2008. E sua profecia se materializou em dezenas de candidaturas.

3 – Pela reeleição e pela expressiva votação, Luis Roberto Tavares, o Robertinho, é candidato natural à presidência da Câmara. Mas, entre ser natural e ser eleito há enorme e íngreme distância a ser percorrida, dada a ambição que o posto desperta. Precisará do plenário, mas não sucederá Mogiano sem a adesão de um agente que sequer tem direito a voto: Carlos Nelson.

4 – Dado que talvez passe ao largo da observação. O PT não conseguiu eleger nenhum de seus representantes históricos, militantes de primeira hora. Falará na Câmara pela voz de Márcia Róttoli, cuja origem política é absolutamente oposta. Sintoma de que o voto ideológico não funcionou? Pode ser. E pode ser que, ao contrário, tenha funcionado para o PV, que a despeito da fraquíssima votação de seu candidato a prefeito, pôs um vereador no Legislativo.

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