sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Divagações variadas

1 – Vejam o que é um governo centralizar, conduzido por mãos de ferro. Não consegue produzir uma liderança. Ou não permite. Talvez seja este o caso. Falo, obviamente, da administração que está em vias de dar seus últimos suspiros. A candidata que saiu do ventre da gestão em momento algum revelou capacidade de liderança. Não efluiu de modo natural. Flávia Rossi foi uma imposição do prefeito. Depois de tudo, confesso que não consigo imaginar a que Carlos Nelson pretendia chegar. Além de Flávia, do grupo de assessores emergiu, despertou ligeiramente Gerson Rossi. Como candidato a prefeito naufragaria sem chance de dar um suspiro. Fora disso, mais nada. Um quadro de absoluta aridez, um deserto. Nenhum nome, nenhuma personalidade que se tenha destacado politicamente por sua ação administrativa. Mas, num governo do “eu”, que outro resultado poderia ser colhido, quem poderia ter se alçado como líder? Ninguém, como de fato ninguém se alçou. Aliás, foi um governo do “sim senhor”, da pusilanimidade, da espinha curvada, da renúncia à própria personalidade, quase do “lambe botas”. Não sei se me explico bem, mas o resumo é o seguinte: seria impossível ganhar a eleição numa circunstância de candidatura sem luz própria e de gestão abatida por mortais índices de rejeição. Sintetizo e finalizo: a cova foi bem cavada.

2 – O grupo que cercou o agora prefeito eleito durante a campanha eleitoral tem muito pouco, quase nada de identidade com Gustavo Stupp. A personalidade de Stupp é muito peculiar. Suas atitudes são razoavelmente fora dos padrões convencionais. Reconheça-se sua evidente ousadia, quase atrevimento, e sua obstinação. Foi com esse perfil que construiu a trajetória dos três anos e pouco até chegar à candidatura. O ‘grupo Stupp’ foi constituído nessa hora. Ele mesmo praticamente em nada contribuiu para isso, porque sempre fez carreira solo. A construção do grupo, assim, foi por agregação de agentes de diversas origens da geografia política local. Com essa ‘entourage’ é que partiu para a caça aos votos. E por que digo tudo isso? Porque agora, na formação do governo, o prefeito eleito enfrenta o fenômeno da ausência de quadros. A quem recrutar das cercanias de suas relações mais diretas, mais pessoais, mais confidenciais? Talvez se contem nos dedos as alternativas autenticamente ‘stupianas’, como reflexo – conforme afirmei antes – do estilo de conduta política que Gustavo escolheu para adotar. Invento que ele nunca foi comunitário. O fato, portanto, é que o prefeito eleito vai compor um grupo de auxiliares que, em grande medida, terá como fonte a indicação de terceiros. Vou ao exemplo: excluída a hipótese Gerson Rossi Junior, não consigo identificar um personagem a quem Stupp confiaria pessoal e cegamente a chefia do seu Gabinete. Em resumo, procedendo como acho que procede a ausência de quadros próximos do futuro prefeito, o seu governo será composto a várias mãos. Mais dos outros que dele próprio.

3 – A presidência da Câmara já foi um cargo da mais alta responsabilidade. Por um lado, tendo em vista a sua relevância. O ocupante do posto é simplesmente a segunda autoridade política do município. Vive a perspectiva da hipótese de até mesmo substituir o prefeito. Portanto, não é pouca coisa. Por outro lado, o seu exercício é extremamente enobrecedor. Quem desfruta desse privilégio certamente assegura um lugar na história da cidade. Por todas essas razões, as escolhas sempre passaram por processos de renhida disputa, especialmente nos tempos do mandato gratuito, isto é, quando o vereador não recebia remuneração alguma. O tempo foi passando e as coisas foram piorando, desde que o general Ernesto Geisel resolveu premiar com salário todos os vereadores do país. Até então, a remuneração só beneficiava vereadores das capitais. Esse fenômeno mexeu muito com a representação, cuja qualidade piorou e não é preciso explicar porque. Como reflexo, a presidência da Mesa passou a ser ambicionada pelo quanto de vantagem pecuniária acrescenta aos subsídios normais. Efeitos históricos disso não são remotos. É só rememorar ou olhar o presente. Pois bem. Daqui a pouco vai se abrir novo processo de sucessão presidencial no Legislativo local. Seria saudável que se resgatasse a imponência do cargo, através de escolha em que as virtudes de quem for ocupá-lo estejam à altura da nobreza e da responsabilidade das tarefas a ele inerentes.

Um comentário:

taveriusvails disse...

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