1 – Os tempos são tenebrosos. A compostura e a vergonha estão em baixa. A sensação é de “tudo pode”. Mente-se descaradamente. Discursos proferidos com rostos sóbrios não conseguem esconder a falsidade e o cinismo. O que me parece é o seguinte: a categoria tem certeza de que o povo não presta atenção nessas coisas. Ou, em outra hipótese, que o povo é bobo em tal nível que aceita tudo que se enfia pelos ouvidos.
2 – Não falo abstratamente não. A estrutura político-partidária em que se sustenta o governo local foi erigida dessa maneira. Prevaleceu a cooptação compensada com holerites. Tanto é que a administração é uma colcha de retalhos. Ou, melhor metaforizando, um tecido cheio de remendos em que a costura que deveria uni-los é incapaz de esconder as incompatibilidades e rejeições. É tanto assim que a principal ofensa sofrida pela administração saiu pela boca de um ex-aliado, recrutado se sabe como e da mesma forma que tantos outros.
3 – A oferta de posições a Maria Helena e João Manoel Scudeler de Barros, no curso de um episódio nebuloso, foi monumental demonstração de cinismo e de boas intenções notoriamente falsas. Quem quis crer no discurso bem embalado como o antigo Dulcora, creu. Era o script adequado para a hora. O rasgo de arrependimento que veio embutido na prosopopéia faria transbordar o Amazonas de lágrimas de crocodilo. O importante, em resumo, era fazer de conta. Passar imagem de bom-mocismo. Vó Gidica, nestas horas, diria do alto de sua sabedoria martimfrancisquense: “só quem não te conhece é que te compra”. Se estiver olhando aí de cima, saiba estimada avó: assino em baixo.
4 – Para ser justo, é preciso dizer que a prática da política da dissimulação não é privilégio de um personagem único. Está disseminada pelo nosso cotidiano.Por exemplo: é de absoluta falsidade a convivência de Márcia Róttoli com o PT. Coisa de conveniência. Do mesmo modo é inteiramente mentirosa a relação de Gustavo Stupp com Rogério Esperança, ambos protegidos pelo telhado do PDT. É de absoluta ocasião a conduta de quem, agora, solertemente se aproxima de Paulo Silva, no mínimo na expectativa de infligir derrota ao seu ex-líder, como é o caso do outrora menino de ouro Maurício Gusmão.
5 – De uma coisa fiquem certos os leitores e, especialmente, os eleitores. Não acaba por aqui. Vai longe. Vai até outubro do ano que vem. As monstruosidades vão fazer avermelhar a face do mais desavergonhado que alguém possa ser. Daqui para frente começam a ser costuradas as articulações. Políticos minimamente informados sabem que nada se ganha sozinho. Será necessário convencer, recrutar, arregimentar e cooptar. Aí entra o vale tudo, que do lado oficial vai ser pesado. Então, é possível prever os limites aos quais vai avançar o despudor já instituído.
2 – Não falo abstratamente não. A estrutura político-partidária em que se sustenta o governo local foi erigida dessa maneira. Prevaleceu a cooptação compensada com holerites. Tanto é que a administração é uma colcha de retalhos. Ou, melhor metaforizando, um tecido cheio de remendos em que a costura que deveria uni-los é incapaz de esconder as incompatibilidades e rejeições. É tanto assim que a principal ofensa sofrida pela administração saiu pela boca de um ex-aliado, recrutado se sabe como e da mesma forma que tantos outros.
3 – A oferta de posições a Maria Helena e João Manoel Scudeler de Barros, no curso de um episódio nebuloso, foi monumental demonstração de cinismo e de boas intenções notoriamente falsas. Quem quis crer no discurso bem embalado como o antigo Dulcora, creu. Era o script adequado para a hora. O rasgo de arrependimento que veio embutido na prosopopéia faria transbordar o Amazonas de lágrimas de crocodilo. O importante, em resumo, era fazer de conta. Passar imagem de bom-mocismo. Vó Gidica, nestas horas, diria do alto de sua sabedoria martimfrancisquense: “só quem não te conhece é que te compra”. Se estiver olhando aí de cima, saiba estimada avó: assino em baixo.
4 – Para ser justo, é preciso dizer que a prática da política da dissimulação não é privilégio de um personagem único. Está disseminada pelo nosso cotidiano.Por exemplo: é de absoluta falsidade a convivência de Márcia Róttoli com o PT. Coisa de conveniência. Do mesmo modo é inteiramente mentirosa a relação de Gustavo Stupp com Rogério Esperança, ambos protegidos pelo telhado do PDT. É de absoluta ocasião a conduta de quem, agora, solertemente se aproxima de Paulo Silva, no mínimo na expectativa de infligir derrota ao seu ex-líder, como é o caso do outrora menino de ouro Maurício Gusmão.
5 – De uma coisa fiquem certos os leitores e, especialmente, os eleitores. Não acaba por aqui. Vai longe. Vai até outubro do ano que vem. As monstruosidades vão fazer avermelhar a face do mais desavergonhado que alguém possa ser. Daqui para frente começam a ser costuradas as articulações. Políticos minimamente informados sabem que nada se ganha sozinho. Será necessário convencer, recrutar, arregimentar e cooptar. Aí entra o vale tudo, que do lado oficial vai ser pesado. Então, é possível prever os limites aos quais vai avançar o despudor já instituído.
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