1 – Cada um faz de sua vida o que bem entende e trata sua biografia da maneira que acha apropriada ou conforme as circunstâncias permitem. Cada um sabe a que riscos e a quais consequências estará sujeito, uma vez que a história é implacável. Isso é mesmo. Às vezes, uma decisão forçada por certas contingências atropela uma carreira e interrompe uma trajetória projetada com perspectivas de produtividade, de utilidade social e comunitária. Aí, é arbítrio pessoal, juízo individual de cada um. Mesmo que o campo de operação seja a política, onde as injunções costumam falar alto, muito alto.
2 – Política de fato não é, como já observei aqui algumas vezes, atividade para amador. Costuma também não ser território para ‘Madres Terezas’. O jogo é bruto. Doçura e afagos só da boca para fora. Lá dentro, usando uma expressão desgastadíssima, é briga de foice no elevador escuro. Aí, imagino, começam a se anteporem os limites para quem não precisa da política como oxigênio para a sobrevivência. Há uma fronteira que não pode ser ultrapassada em nome do respeito à biografia. Ultrapassado esse limite, é jogo de vale tudo e só joga nesse nível quem cultiva ambições políticas desmedidas, as quais toldam a visão e embotam o raciocínio objetivo.
3 – Tenho fortes desconfianças que estamos diante de algumas situações com esse design – para ser moderninho. O figurino veste algumas personagens de presença retumbante no cenário de Mogi Mirim. Tão mais retumbante ainda quando as mobilizações que empreendem produzem ruídos ao nível de algazarra, por estarem em jogo interesses políticos notoriamente claros. Essa é a hora perigosa, porque em nome da perspectiva de acolhimento do interesse, as concessões que fazem podem levar histórias à implosão e independências ao poço de ossos dos cemitérios.
4 – Às vezes, sinceramente, me divirto. Afinal, não faltam atos de teatro hilário e, bem assim, discursos de conteúdo tão pueril que é difícil supor que seus autores acreditem produzir algum crédito. Às vezes, sinceramente, deploro. Sobretudo por alguns dos personagens que vejo mergulhados nesse oceano de egos, aos quais tributo respeito pelo histórico que os vi construir. Às vezes, eu me encanto com algumas pessoas e sou tentado a apostar nelas as minhas parcas reservas de esperança, como se fossem aquelas moedinhas que nossos avós guardavam nos cofrinhos em formato de porquinhos. Da altura da minha importância, que mal se equipara aos limites dos rodapés, digo que sofro profundas decepções.
5 – Minha tese, por último, é a de que as pessoas más não se tornam boas, salvo em excepcionalíssimas exceções. Continuam más, interesseiras, falsas, enganadoras e merecedoras de toda adjetivação com que se possa qualificá-las. Não desiludem porque, de origem, nunca merecem crédito. O terrível é constatar que, entre as boas, muitas se convertem ao pior quando as ambições sobem à cabeça e as atiram na vala comum dos apaixonados pelo poder.
2 – Política de fato não é, como já observei aqui algumas vezes, atividade para amador. Costuma também não ser território para ‘Madres Terezas’. O jogo é bruto. Doçura e afagos só da boca para fora. Lá dentro, usando uma expressão desgastadíssima, é briga de foice no elevador escuro. Aí, imagino, começam a se anteporem os limites para quem não precisa da política como oxigênio para a sobrevivência. Há uma fronteira que não pode ser ultrapassada em nome do respeito à biografia. Ultrapassado esse limite, é jogo de vale tudo e só joga nesse nível quem cultiva ambições políticas desmedidas, as quais toldam a visão e embotam o raciocínio objetivo.
3 – Tenho fortes desconfianças que estamos diante de algumas situações com esse design – para ser moderninho. O figurino veste algumas personagens de presença retumbante no cenário de Mogi Mirim. Tão mais retumbante ainda quando as mobilizações que empreendem produzem ruídos ao nível de algazarra, por estarem em jogo interesses políticos notoriamente claros. Essa é a hora perigosa, porque em nome da perspectiva de acolhimento do interesse, as concessões que fazem podem levar histórias à implosão e independências ao poço de ossos dos cemitérios.
4 – Às vezes, sinceramente, me divirto. Afinal, não faltam atos de teatro hilário e, bem assim, discursos de conteúdo tão pueril que é difícil supor que seus autores acreditem produzir algum crédito. Às vezes, sinceramente, deploro. Sobretudo por alguns dos personagens que vejo mergulhados nesse oceano de egos, aos quais tributo respeito pelo histórico que os vi construir. Às vezes, eu me encanto com algumas pessoas e sou tentado a apostar nelas as minhas parcas reservas de esperança, como se fossem aquelas moedinhas que nossos avós guardavam nos cofrinhos em formato de porquinhos. Da altura da minha importância, que mal se equipara aos limites dos rodapés, digo que sofro profundas decepções.
5 – Minha tese, por último, é a de que as pessoas más não se tornam boas, salvo em excepcionalíssimas exceções. Continuam más, interesseiras, falsas, enganadoras e merecedoras de toda adjetivação com que se possa qualificá-las. Não desiludem porque, de origem, nunca merecem crédito. O terrível é constatar que, entre as boas, muitas se convertem ao pior quando as ambições sobem à cabeça e as atiram na vala comum dos apaixonados pelo poder.
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