domingo, 2 de maio de 2010

Coisas de políticos e cartolas

Depois de fazer 70 gols, livrar vantagem quilométrica na classificação e exibir futebol irretocável, o Santos quase viu a viola em cacos.

Se não fosse o erro da bandeirinha, que causou a anulação de um gol do Santo André, e a trave duas vezes, a festa seria no ABC e não na Baixada.

Culpa desse maldito sistema de disputa do Campeonato Paulista. A fórmula do Carioca, ainda não ideal, é melhor. Põe o título em disputa entre os vencedores dos dois turnos.

Se fosse aplicada em São Paulo, não tenho dúvida de que a decisão de hoje não existiria. O Santos levaria os dois turnos.
É por essas e outras que me filio entre os que defendem os pontos corridos. Sob o critério da maior soma de pontos, apura-se o melhor. E o melhor é o campeão.

O Santos mereceu o título pelo desempenho insuperável durante toda a competição. Na decisão, mereceu o Santo André.

Se nos poderes públicos os políticos fazem o que bem entendem e não dão a mínima pelota para a torcida, que somos nós, no futebol tem os cartolas, que da matéria não entendem nada, mas também não dão bola para a galera.

Um comentário:

Joninhas disse...

Ambos sistemas tem os prós e contras. Por incrível que pareça, realmente o sistema do bagunçado futebol carioca mantém a emoção do mata-mata e previlegia a certo ponto a melhor equipe. Pra mim somente o Brasileirão por pontos corridos já está bom demais. É muito racional, muito europeu, coisa de inglês chato, que analisa o futebol financeiramente. O futebol não é pra ter lógica, por isso é o maior esporte de todos. Assim americanos, ingleses e alemães, japoneses e cia não conseguem com planejamento, dinheiro, disciplina, etc dominar a maior arte atlética de todas. É o esporte que como a arte imita a vida, faz sonhar, da esperança, da a plebe a chance de derrotar a nobreza. Transformar tudo em pontos corridos é tirar do futebol suas mais importantes qualidades.