segunda-feira, 21 de julho de 2008

Previsível

Pesquisas não são sentenças. Não são dados prontos e acabados. Fotografam determinado momento. Mas, é claro que os números revelados pela pesquisa encomendada por O POPULAR à Limite Consultoria são extremamente gritantes para não dizer que o prefeito Carlos Nelson está com a mão na taça.

Aliás, os números constatados confirmam a sensação captada pelo toque na pele. Há uma convicção forte nas ruas de que o prefeito levam uma grande vantagem. Pela soma de fatores. Pelo resultado de seu governo e pela fragilidade dos concorrentes.

Não se trata de dizer que os concorrentes são fracos em si. As circunstâncias os tornam pouco competitivos. Todas as três candidaturas – Mauro Nunes Junior, Ederaldo Moreno e Jarbas Caroni – se projetaram muito tardiamente.

Rigorosamente, Carlos Nelson não enfrentou oposição alguma em seu governo, exceto por manifestações isoladas, sem foco e inconseqüentes. A oposição não se construiu. Me dá a impressão de que todo mundo ficou esperando que, uma hora ou outra, Paulo Silva se decidiria a disputar. E o ex-prefeito se agarrou à recusa e dela não se despregou.

Os 60% de intenções de voto de Carlos Nelson se explicam, portanto. Navegou em céu de brigadeiro o tempo todo. Não houve liderança que tenha conseguido se contrapor ao prefeito e a seu governo, de modo a se viabilizar para a disputa.

Assim, a estrada à frente é plana e confortável para o atual prefeito. De todo modo, é sempre bom ter presente o velho axioma: em mineração e eleição, só se conhece o resultado depois da apuração.

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