domingo, 19 de abril de 2009

O Belo Antonio

O São Paulo se consagrou hoje como o Belo Antonio, personagem interpretado por Marcello Mastroianni em um filme ítalo-francês de 1960.

As mulheres se apaixonam pelo belo e vistoso Antonio, porque imaginam que ele seja o "amante ideal". Mas, na realidade, ele é impotente. Isto é, não funcionava.

É o retrato do São Paulo. Festejado, enaltecido, bonito, imponente, arrogante, mas incapaz.

Negar méritos ao Corinthians é injusto. Foi competente e estratégico. Nem precisava vencer, mas foi armado inteligentemente pelo seu técnico, que sobrou no jogo.

Aliás, 2 a 0 foi um placar barato para o São Paulo. Em seguida ao segundo gol, achei que viria uma sacolada.

Mas, não foi no segundo jogo que o São Paulo se excluiu da final. Foi no primeiro, quando Muricy foi de uma teimosia e de uma lerdeza exemplares para mexer no time.

Resumo da opera: com a bola que está jogando desde janeiro, o São Paulo não ganha um único título este ano. Sequer chega à decisão da Libertadores.

A única hipótese para ser diferente é se o time se reciclar. O prazo de validade de Jorge Wagner, por exemplo, venceu.

Borges e Washington é fórmula fadada ao insucesso. Ou um. Ou outro. E é necessário, urgente, alguém que organize o time, arme o jogo. Fora disso, será um ano de secura. Será o Belo Antonio.